sábado, 19 de fevereiro de 2011

Lençóis Maranhenses (Parte 2)

Eis aqui a continuação sobre os Lençóis Maranhenses; antes de ler este post, leia a parte 1. A ideia de fazer esse blog surgiu por muitos amigos viverem me perguntando sobre vários destinos, e sempre repito a mesma coisa dez mil vezes rs. Acho que esse blog facilitará a vida do meu círculo de amizades, assim como de eventuais desconhecidos que acessarem aqui. Quando vou viajar sempre pesquiso antes fotos e o que tem para fazer no lugar. Fico ansiosa pesquisando tudo uma semana antes (ou até um mês rs). Por isso quero tambem compartilhar as fotos que tenho com vcs (para ampliá-las, clicar em cima). Enfim, vamos lá!


Além de visitar os famosos Lençóis Maranhenses, o deserto com lagoas, você também tem a opção de tirar um dia para conhecer Caburé, Mandacaru e Vassouras. Por onde começar?

Como você possivelmente estará hospedado em Barreirinhas, se dirija até o porto do Município e alugue uma lancha, pois o acesso a esses lugares é pelo Rio Preguiças. O preço varia de acordo com o número de pessoas que embarcarem na lancha. No meu caso estávamos só em dois, então saiu uns R$ 150,00 o casal. Acabamos pagando barato, pois o caminho é muito longo, leva mais ou menos 1 hora e 20 minutos, então acabou sendo um valor para pagar o combustível mesmo.

Porto de Barreirinhas

Como eu havia dito, o caminho é de aproximadamente 1h e 20 min, mas é muito bom desfrutar o passeio de lancha, ver o verde, pequenos povoados no caminho, é muito agradável.



A primeira parada é em Caburé, um delicioso refúgio onde o visitante pode tomar banho de mar e tirar o sal do corpo em água doce. É um local diferente, pois possui rio de um lado (Rio Preguiças) e praia do outro. É um lugarejo, que está despontando para o turismo nos lençóis Maranhenses. O ideal é passar a manhã em Caburé, portanto eu aconselho que você já deixe encomendado o horário do seu almoço ali no Restaurante e Pousada Paturi antes de ir desfrutar o lugar e aproveite para comprar muita água, pois esse lugar é quenteeee (minha água esquentava em 5 minutos) e desertooo (não se vê movimento de pessoas).

http://www.clipecoturismo.com.br/ClipEcoturismo/?page_id=102

Chegada em Caburé




 









Praia
Praia de Caburé

Restaurante e Pousada Paturi


Hora de partir...


Após um almoço delicioso no Paturi pegamos a mesma lancha e fomos para o 2º destino: o Povoado de Mandacarú.


No Povoado de Mandacaru, a maior atração do local é o Farol Preguiças, com 35 metros de altura e ainda em funcionamento. Lá de cima tem-se uma vista deslumbrante do Parque dos Lençóis, do mar, do Rio Preguiças, dos Pequenos Lençóis, e ainda dos povoados de Atins e de Caburé.


Foto de Morais Brito Viagens e Turismo




Ambulancha

Vista do farol

O terceiro e último destino é Vassouras, isto é, os Pequenos Lençóis. Pena que quando fui não tinham tantas lagoas, estava meio seco, mas deu para ver algumas. Esse lugar realmente é encantado. Ele se assemelha aos Lençóis Maranhanhenses, mas sua areia é mais amarelinha e a água mais escura, mas, com certeza quente também.



Chegada nos Pequenos Lençóis


Subidinha olímpica para chegar no deserto














Esse é o final da minha viagem aos Lençóis Maranhenses. É uma pena que a minha ida tenha sido meio corrida. Para quem for com mais calma, procure conhecer também Atins, um lugar que não tive tempo de ir, mas que com certeza ficará para uma próxima oportunidade.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Lençóis Maranhenses (Parte 1)

Hoje faremos uma viagem em um dos lugares mais famosos do Brasil: os "Lençóis Maranhenses". Agora saberemos porque este lugar é tão famoso assim. O Parque Nacional dos Lençóis é um Paraíso ecológico com 155 mil hectares de dunas, rios, lagoas e manguezais. Raro fenômeno geológico, foi formado ao longo de milhares de anos através da ação da natureza. Pois é, realmente é um raro fenômeno ecológico, e é por isso que muitos estrangeiros visitam o Brasil para conhecer essa maravilha do mundo. Essa maravilha é ímpar!

Muita gente se pergunta quantos dias são necessários para visitar este lugar. Eu fiquei três dias lá. Confesso que eu queria pelo menos um dia a mais, pois só faltou conhecer um lugar. Mas claro que quem estiver com vários dias sobrando poderá desfrutar dos lugares com mais calma.


Suas paisagens são deslumbrantes: imensidão de areia que faz o lugar assemelhar-se a um deserto. Mas com características bem diferenciadas. Na verdade chove na região, que é banhada por rios. E são as chuvas, aliás, que garantem aos Lençóis algumas das suas paisagens mais belas. As águas pluviais formam lagoas que se espalham em praticamente toda a área do parque formando uma paisagem inigualável.



É importante saber que existe época certa para ir para os Lençóis, pois dependendo da época a pessoa corre o risco de não ver lagoa nenhuma e sim areia e mais areia. Isso porque as lagoas começam a se formar a partir de maio, pois é um pouco antes dessa época que começam as chuvas para encherem as lagoas. A alta temporada é o mês de julho, época em que você esbarrará muitos turistas. Já a partir de agosto as lagoas começam a esvaziar. Não vá para os Lençóis Maranhenses nas férias de dezembro e janeiro, pois é a época em que começará as chuvas na região e ainda não terá dado tempo de encher as lagoas. Eu vi que existem sites dizendo que dá para ir a partir de dezembro. Qto a isso, eu tenho as minhas dúvidas, pois não é o que me disseram nossos amigos de lá. Nós fomos em maio, pois nos meses anteriores nossos amigos diziam que ainda estava seco. Portanto, os meses ideais são maio, junho e julho!

Por onde começar? O parque não possui infra-estrutura nenhuma. A visitação é feita a partir do Município de Barreirinhas, onde se obtêm, através de agencias locais, as melhores opções de deslocamento dentro do Parque. As acomodações existentes na região são melhores em Barreirinhas, com pousadas e hotéis, mas também se pode pernoitar em Atins (2 pousadas) e Caburé (4 pousadas).

Município de Barreirinhas


O Parque não tem acomodações regularizadas dentro de sua área. O deslocamento interno é feito por veículos 4 x 4, que podem ser locados em Barreirinhas.

Saiba que o visitante deve locar veículos com motoristas credenciados, pois o parque é muito perigoso para os inexperientes. Existem diversas formações na areia chamadas de facões, que dão ilusão de ótica. Você pode imaginar que está andando em areia plana e de repente cair dentro de uma lagoa. Nos Lençóis localizados perto de barreirinhas nem se permite que o visitante entre no parque sem motorista credenciado, salvo se estiver a pé. É impossível ficar neste local a pé.

Também nunca se esqueça de levar muita água, pois você está visitando um deserto e lá não tem estrutura, não tem vendedores de água.

Algumas das lagoas mais visitadas são a Lagoa Azul e a Lagoa Bonita, que já são famosas pela beleza e condições de banho.

Eu acabei não indo na formação de lençois próxima a Barreirinhas, pois estava com amigos que residem em Barreirinhas e eles quiseram fazer uma trilha com amigos de 4 x 4 Troller até outro Município dos Lençóis, Santo Amaro. Essa trilha demora cerca de 1 hora e meia: é ótima para os caçadores de aventuras. Confesso que nunca fui uma, mas adorei a nova experiência, apesar de bater a cabeça no teto da Troller várias vezes rs. No caminho a mahindra de um dos nossos acompanhantes atolou, e claro, os outros tiveram que ajudar. Eles adoram quando um atola haha.






Para quem tiver curiosidade de uma olhadinha no vídeo da nossa trilha. O vídeo é bem curtinho.



A emoção maior foi quando estávamos chegando no Parque dos Lençóis Maranhenses em Santo Amaro. Claro que primeiramente todas as trollers tiveram que atravessar um rio bem fundinho.






Chegando aos Lençóis ficamos encantados com a imensidão de areia.  A paisagem é dominada por dunas de areias de quartzo bem finas. As dunas, que chegam a atingir 20m de altura, cobrem 50 km da costa maranhense.




Bem vindo às lagoas encantadas. As lagoas foram as nossas piscinas naturais. Retiramos o isopor e desfrutamos o dia numa lagoa. Neste calor nada melhor que uma água bem gelada e uma cerveja bem gelada para quem gosta. Vimos o pessoal tomando vinho, o que eu acabei estranhando muito. Vinho neste calor?? rs. Há gosto para tudo né?

Lagoa Gaivota













A noite dormimos na casa do pessoal no meio do nada, pois em Santo Amaro (diferentemente de Barreirinhas) não tem nada. Ficamos por ali, era aniversário de um deles e teve uma festinha com forró, som preferido deles. Depois mais tarde fomos levar a empregada até o povoado de Santo Amaro e atolamos numa areia movediça no meio do caminho. Ainda bem que eles tinham rádio de comunicação para pedir a ajuda para os outros. Enquanto isso suamos tentando equilibrar o carro. Mas não tem jeito, o que para mim era assustador, para eles era pura diversão.


No dia seguinte voltamos para o Município de Barreirinhas e o que aconteceu depois fica para o próximo post. Espero que tenham gostado!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Santuário da Pedra Caída (Chapada das Mesas)

Vale a pena conhecer esse paraíso ecológico. O Santuário da Pedra Caída está localizado no Parque Nacional da Chapada das Mesas, parque criado em dezembro de 2005, e inserido nas metas dos órgãos ambientais em aumentar áreas protegidas do bioma Cerrado. Em números, apenas 2,5 % do cerrado brasileiro está protegido em unidades de conservação.

Do alto as montanhas em forma de mesa que deram nome ao parque



O maranhão é muito conhecido pelos Lençóis Maranhenses, que se localizam na região norte do Estado. Para os que pensam que só há os Lençóis e São Luis para conhecer, não sabem que perdem um lugar encantado na região centro-sul do Maranhão, que também possui um ponto turístico bastante privilegiado para os amantes da natureza e dos esportes radicais: é o Santuário da Pedra Caída, localizado à 50 metros da BR-010, 35 Km distante de Carolina.






O Santuário da Pedra caída possui cerca de 25 cachoeiras. Todavia, por enquanto cinco delas estão acessíveis para visitantes, pois nestas já há trilha, estrutura de acesso.

A taxa de entrada ao parque é de aproximadamente R$ 10,00, variando um pouco para mais ou menos de acordo com a época. Lá é possível desfrutar de uma piscina natural logo na entrada. 

Depois há a escolha dos passeios, isto é, das cachoeiras e esportes. Os preços variam, sendo que o acesso a cada cachoeira custa cerca de R$ 30,00 ou R$ 40,00. Tudo depende da quantidade de visitantes que irão embarcar no mesmo passeio.


Eu conheci o parque em dois dias, e acredito que é suficiente, desde que se chegue bem cedinho. No primeiro dia conheci três cachoeiras e andei de tiroleza.

No primeiro dia visitei a cachoeira mais conhecida do parque: Santuário da Pedra Caída, e também a Cachoeira da Caverna e a do Capelão. Em algumas delas o acesso se dá por trilha (de aproximadamente 1 km) e outras por meio de carro traçado nas 4 rodas. Também há uma série de pequenos saltos, canyons, trilhas e vales. Para quem não gosta de águas muito geladas (como eu) não precisa de preocupar, pois as águas dessa região são mornas. Acreditem!




Trilha
Cachoeira Santuário da Pedra Caída (água despenca a uma altura de 46 metros)


Caverna do Capelão


Cachoeira da Caverna

O caminho para chegar na cachoeira da caverna é lindo. Você passa por cavernas, morcegos (que não chegam na gente) parecendo estar no filme "Os goones". Eu fiquei encantada!

No primeiro dia também aproveitei para fazer tiroleza com os amigos. Não é uma tiroleza que cai na água, mas ela é muitoooo comprida, adorei! Na primeira fiquei tensa e fui retinha para começar. Já na segunda arrisquei ficar de cabeça para baixo. Na foto é um amigo fazendo a posição super homem.


Ponte comprimento 53m e altura 54 m


No segundo dia no parque eu quis fazer ARVORISMO. Resolvi entrar nessa sem nem saber muito bem o que era. No começo o nível estava fácil, mas encontrar equilíbrio era uma tarefa muitooo difícil.



Comecei a me assustar um pouco quando soube que o arvorismo demoraria cerca de 1h. Digamos que comecei a me arrepender haha. E cada vez fomos indo mais alto. Por sorte, não senti mosquitos não. É um enorme contato com as árvores, muito diferente. Essas horas acabamos refletindo muito sobre o nosso lindo meio ambiente.

Cada vez o nível ia dificultando. Passamos por rede do tipo homem aranha, e não acreditei quando eu vi que teria que passar por um fio. Nesta hora eu queria desistir, mas o arvorismo não permite voltar para trás. Você só tem uma escolha: seguir em frente. Há uma corda nos segurando para a eventualidade de cair. Mas se cai dá um trabalho para resgatar. O melhor é fazer direitinho.



WHAT???????


Apesar do medinho inicial, uma coisa eu garanto: você sai do arvorismo se sentindo outra pessoa. Uma pessoa com equilíbrio, força e capaz de superar qualquer limite!

Após o arvorismo eu estava morrendo de calor e louca para tomar um belo banho de cachoeira. Foi quando seguimos para conhecer a cachoeira Pedra Furada. O acesso a essa cachoeira é um pouquinho mais complicado que o das cachoeiras anteriores, pois a distância é de 1k e meio, e a partir de um certo momento da trilha temos que continuar por dentro da água.


Hora em que a estrutura de madeira acaba e temos que ir por água.

Cachoeira da Lua (no caminho da Cachoeira Pedra Furada)
Cachoeira Pedra Furada
Cachoeira Pedra Furada

O tour termina por aqui. Para quem se interessar, saiba que o lugar tem estrutura. Além de grande piscina de água corrente, possui tb quadra de esportes, chalés para pernoitar, energia elétrica permanente, som, televisão, bar e restaurante. O peixe frito deste lugar é demais, muitooo saboroso.


Para quem quiser ver vídeo, recomendo que vejam a matéria do JORNAL HOJE no link http://www.youtube.com/watch?v=cIVBRp2WNgA.